Edifícios verdes são prédios que seguem determinados
parâmetros e que têm uma preocupação toda especial com o meio ambiente em que
estão inseridos e com a correta utilização dos recursos naturais necessários ao
seu funcionamento e a correta destinação dos resíduos gerados por essa
utilização. Assim, a preocupação com a eficiência e com a qualidade é sempre
voltada para o mínimo impacto ambiental possível.
O que começou como “uma onda militante” por parte dos
ecologistas de “primeira hora” acabou chegando à mesa dos grandes empresários
que perceberam que podiam adotar as práticas preconizadas para os edifícios
verdes e ainda sim obter lucro com aquela “coisa nova”. A economia gerada com a
redução do consumo de água e de energia elétrica compensava de longe os gastos
necessários para a conversão dos prédios já existentes ou da construção de
novos prédios exclusivamente projetados para serem assim.
Assim, novas tecnologias e procedimentos foram criados para
garantir que esses prédios fossem capazes de garantir uma excelente qualidade
de vida para os funcionários dessas empresas e acabaram por facilitar a
aplicação do conceito de prédios verdes para muito mais empresas e até em
prédios residenciais.
Para que os prédios sejam considerados verdes, eles devem
seguir preceitos e determinações rígidas quanto a construção, qualidade do ar;
uso da energia; uso da água; segurança de trabalho e higiene do ambiente
ocupacional; uso de materiais ecologicamente corretos; observação da ergonomia
em móveis e utensílios; tratamento correto dos resíduos sólidos e controle da
emissão de poluentes.
Quanto à qualidade do ar, os edifícios verdes devem manter o
ar interno sempre com boa qualidade; efetuando análises no ar circulante e do
interior dos dutos de ar condicionado; eliminando ou reduzindo a circulação de
gases poluentes ou agentes contaminantes biológicos. Devem também ter
preocupação com áreas para fumantes, uso de detergentes que tenham odores
fortes e o conforto térmico.
Na eficiência energética, os prédios verdes devem buscar
fortes alternativas de energia ou fontes emergenciais que garantam a iluminação
em caso de acidentes; controle de consumo e busca da eficiência total.
A questão da água também é crucial nos prédios verdes. O
desperdício deve ser combatido a todo custo, bem como a garantia da mais alta
qualidade da consumida no prédio deve ser observada a cada instante. Um
controle rígido sobre torneiras e válvulas de descarga deve ser exercido.
Aspectos da decoração interior devem ser levados com
consideração como o uso de plantes e de materiais isolantes de ruídos. Além do
uso de materiais certificados e eficientes. A preocupação com o uso de
mobiliário ergonomicamente adequado e com a saúde dos trabalhadores que
utilizarão os espaços; notadamente em relação a elementos que possam provocar
alergias, assim como a redução ou eliminação da emissão de radiação ambiental.
Finalmente, os edifícios verdes devem ter programas de
coleta seletiva de lixo e um gerenciamento de resíduos impecável. Com a
manutenção de programas que visem educar e orientar os habitantes para essas
boas práticas.
Os edifícios verdes a muito deixaram de ser uma ficção e
cada vez mais se aproximam de uma realidade cotidiana das grandes cidades.
Esperemos que, muito em breve, esses prédios sejam uma constante em todas as
grandes cidades brasileiras.