O termo sustentabilidade aplicado à causa ambiental surgiu
como um conceito tangível na década de 1980 por Lester Brown, que foi o
fundador do Wordwatch Institute. A definição que acabou se tornando um padrão
seguido mundialmente com algumas pequenas variações representa o seguinte:
Diz-se que uma comunidade é sustentável quando satisfaz plenamente suas
necessidades de forma a preservar as condições para que as gerações futuras
também o façam. Da mesma forma, as atividades processadas por agrupamentos
humanos não podem interferir prejudicialmente nos ciclos de renovação da
natureza e nem destruir esses recursos de forma a privar as gerações futuras de
sua assistência.
Portanto, como
podemos aplicar a sustentabilidade ambiental em empreendimentos? O
empreendimento mais do que simplesmente favorável à natureza, tem que estar
enquadrado no conceito de sustentabilidade, é preciso que ele esteja enquadrado
em alguns parâmetros básicos. São eles: Ser ecologicamente correto; ser
economicamente viável; ser socialmente justo e ser culturalmente aceito.
Assim empreendimentos que se baseiem nessas premissas e que
estejam enquadrados no conceito de sustentabilidade devem ser capazes de
impactar positivamente os grupos humanos por ele afetados; imediatamente e no
futuro. Através da interligação entre esses empreendimentos e a qualidade de
vida das pessoas afetadas por eles, podem ser observadas através do uso
racional dos recursos ambientais e com o trato dos resíduos decorrentes da
implantação do referido empreendimento sustentável.
Assim, cabe as agências reguladoras governamentais
estabelecer e fiscalizar os parâmetros que enquadrem esses empreendimentos
dentro do conceito de sustentabilidade. Trabalhando, juntamente com a
iniciativa privada, para que o impacto causado por esses empreendimentos e
pelos resíduos gerados nas obras de construção civil e no funcionamento
posterior do projeto sejam os mínimos possíveis.
É muito importante que as próprias agências e a população em
geral sejam capazes de dar preferência aos empreendimentos que sigam as
práticas e determinações da aplicação do conceito de sustentabilidade. Assim,
criam-se as forças necessárias para reunir condições favoráveis para a criação,
o fomento e a consolidação de uma visão empresarial mais consciente e atenta
para as questões ligadas ao meio ambiente e ao impacto de seus empreendimentos
nele. Antes de tornar-se um impeditivo; o conceito de sustentabilidade tem tudo
para tornar-se um aliado poderoso na venda dos empreendimentos e na construção
de uma imagem positiva para as empresas que adotarem essa visão. O grande
entrave para a criação dessa “visão sustentável” no setor de construção civil é
a enorme dificuldade em relação aos custos, ainda elevados, de determinados
elementos que permitirão o enquadramento do empreendimento no conceito de
sustentabilidade. Essas dificuldades podem criar na mente do empresariado, a
errônea ideia de que, se elevar seus custos de construção, os possíveis
benefícios advindos do enquadramento do empreendimento no conceito de
sustentabilidade não serão suficientes para proporcionar uma recuperação rápida
do capital investido ou mesmo, gerar um prejuízo final.
No entanto, essa é uma visão equivocada e errônea que
acontece devido principalmente pela pouca cultura sustentável que esse setor
apresenta em nações como a nossa. Felizmente, essa cultura vem se modificando e
os constantes sucessos dos empreendimentos imobiliários e comerciais baseados
no conceito de sustentabilidade contribuem significativamente para a mudança
dessa mentalidade e para a ampliação, cada vez mais rápida, de novos
investimentos em que se apliquem esses conceitos.
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